O QUE É A MUDANÇA CLIMÁTICA?

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CLIMÁTICAS

O QUE SÃO AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS?

Chama-se mudanças climáticas a variação global do clima da Terra. Esta variação ocorre por causas naturais e pela ação humana, e incide em todos os parâmetros climáticos: temperatura, precipitações, nebulosidade, etc. em muitas e diversas escalas de tempo.

As principais características das mudanças climáticas que estamos vivendo são:

  • São rápidas –E termos de escala geológica, que é como devem ser medidas as mudanças no clima. Esta alteração está sendo muito rápida; por isso é muito difícil, ou quase impossível, a adaptação dos ecossistemas e sistemas socioeconômicos.
  • São mais agressivas por causas antropogênicas. Atualmente há um consenso científico, quase generalizado, sobre o fato de que nosso modo de produção e consumo energético é o que está gerando uma alteração climática global pelas altas emissões de “gases de efeito estufa”.

Desde 2001 o 3º relatório de avaliação do painel Intergovernamental de mudanças climáticas (IPCC em sua sigla em inglês: Intergovernmental Panel on Climate Change) indicava que estão se acumulando numerosas evidências da existência das mudanças climáticas e dos impactos associados. Em média no século xx

  • A temperatura aumentou aproximadamente 0,6°C.
  • O nível do mar cresceu de 10 a 12 centímetros e os pesqusiadores consideram que isto se deve à expansão de oceanos cada vez mais aquecidos.

O relatório de síntese do 5º relatório de avaliação do ipcc (2014) concluiu que:

«A influência humana no sistema climático é clara e está aumentando e seus impactos podem ser vistos em todos os continentes. Se não pararmos este processo, as mudanças climáticas farão com que aumente a probabilidade de impactos graves, generalizados e irreversíveis nas pessoas e ecossistemas. Porém, existem opções para a adaptação às mudanças climáticas e, com atividades de mitigação rigorosas, é possível conseguir que os impactos das mudanças climáticas permaneçam em um nível controlável, criando um futuro mais claro e sustentável».

AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS, UMA REALIDADE OBSERVÁVEL

As mudanças climáticas já são uma realidade que se expressa em todo o planeta através da subida das temperaturas médias, do aumento do nível do mar, do degelo no ártico ou do ascenso no número de eventos extremos.

As mudanças do clima adquirem características específicas em diferentes áreas do planeta.  No território espanhol observou-se:

  • Verões mais longos: a Aemet (agência estatal de meteorologia da espanha) calculou em quase cinco semanas desde os anos 70 do século passado.​
  • A diminuição das vazões médias dos rios, em alguns casos de mais de 20% nas últimas décadas
  • A expansão do clima de tipo semiárido, com mais de 30.000 km2 de novos territórios semiáridos em poucas décadas.
  • O aumento das ondas de calor, cada vez mais frequentes, longas e mais intensas.

AEMET é a agência estatal de meteorologia da Espanha e entre suas numerosas funções está a de elaborar e atualizar os cenários das mudanças climáticas na Espanha.

A QUEM AFETA?

As mudanças climáticas afetam todos nós. O Impacto potencial é enorme, com previsões de falta de água potável, grandes alterações nas condições para a produção de alimentos e um aumento nos índices de mortalidade devido a inundações, tempestades, secas e ondas de calor.

O relatório de síntese antes mencionado confirma que:

As mudanças climáticas estão sendo constatadas em todo o mundo e que o aquecimento do sistema climático é inegável. Desde a década de 1950 muitas das alterações observados não tiveram precedentes nos últimos decênios e milênios e os impactos das mudanças climáticas já foram sentidos nos últimos decênios em todos os continentes e oceanos“.

As mudanças climáticas não são só um fenômeno ambiental, também apresenta profundas consequências econômicas e sociais. Os países mais pobres, que estão pior preparados para enfrentar mudanças rápidas, serão aqueles que sofrerão as consequências mais negativas.

Esse mesmo relatório de síntese já mencionou com clareza estes dois argumentos:

Muitos riscos são particularmente problemáticos para os países menos adiantados e para as comunidades vulneráveis dada sua limitada capacidade para enfrentá-los. As pessoas marginalizadas nos âmbitos social, econômico, cultural, político, institucional ou outro são especialmente vulneráveis às mudanças climáticas”.

 

Para limitar realmente os riscos das mudanças climáticas é necessário reduzir de forma substancial e sustentada as emissões de gases de efeito estufa. À medida em que a mitigação reduz a taxa e a magnitude do aquecimento, também se dilata o tempo de que dispomos para a adaptação a um nível determinado de mudanças climáticas, potencialmente em vários decênios“.

Consequentemente, embora existam incertezas que não permitam quantificar com a suficiente precisão as alterações do clima previstas, a informação validada até agora é suficiente para tomar medidas de forma imediata, de acordo com o denominado princípio de precaução ao qual faz referência o artigo 3 da convenção-quadro sobre as mudanças climáticas (UNFCCC).

O QUE PODEMOS FAZER?

Existe um marco institucional, cujo ponto-chave é o Acordo de Paris (2015), que determina os compromissos políticos internacionais de ação pelo clima.

O objetivo é manter o aumento da temperatura média mundial abaixo de 2°C com respeito a níveis pré-industriais e prosseguir com os esforços para limitá-lo a 1,5° graus centígrados.

Para conseguir cumprir este objetivo é necessário reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Isto pressupõe mudar o modelo energético atual, baseado no uso de energias de origem fóssil:

  • Substituir as energias de origem fóssil por energias renováveis, mais limpas e sem emissões de efeito estufa.
  • Aumentar a eficiência energética.

Atualmente, existe a capacidade tecnológica para descarbonizar a economia e, em particular, a energia. As tecnologias de geração de energia com fontes renováveis já são competitivas economicamente. Estamos vivendo uma revolução tecnológica que está do lado do clima. A inovação e a criatividade devem promover e acelerar as soluções para as mudanças climáticas.

Os combustíveis fósseis também são a origem de outro grande problema que é a qualidade do ar e de seu impacto na saúde. Devemos procurar soluções para ambos os problemas de forma conjunta. Por exemplo, as soluções para a mobilidade (buscando reduzir a poluição local) e, portanto, a qualidade de vida dos habitantes.

É urgente atuar. Cada minuto conta… não há tempo que perder, ainda há tempo de frear as mudanças climáticas e mitigar suas consequências. O risco está na inação

As mudanças climáticas são fonte de oportunidades para todos. Embora este processo esteja cheio de riscos, também é uma oportunidade para conseguir um mundo melhor, mais limpo e com uma maior qualidade de vida para seus habitantes.

Para atingir os objetivos estipulados, temos que estar todos juntos. É importante não deixar ninguém para trás. Todos devemos embarcar nesta viagem: cidades, regiões e países. Organizações privadas e públicas. Empresas, ongs e governos. Crianças, jovens e adultos.

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